
Foto: André Borges / EFE.
A queda de braço entre o presidente Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira, que ganha novos contornos e novos personagens, começa a preocupar, principalmente, a área econômica do governo. Afinal, Lira quer ministérios para o Centrão e eleger seu sucessor no cargo e Lula tem que garantir margem sólida de apoios no Congresso e, neste momento, a aprovação da âncora fiscal na Câmara.Os dois adoram testar forças, estão armados até os dentes, sabem usar essas armas e não terão pruridos em disparar um contra o outro: Lira e Lula, governo e Câmara. Essa brincadeira, ou guerra, pode ter alto custo para ambos, e não só agora, também depois, depois e depois. Os precedentes são muitos, Dilma Rousseff e Eduardo Cunha que o digam.
Um encontro entre Lula e Lira vem sendo empurrado com a barriga desde julho, no recesso. Todo dia é anunciado para o dia seguinte, mas é “adiado”, como nesta quinta-feira, 3, quando os dois se encontraram nas posses de Celso Sabino no Turismo e de Cristiano Zanin no Supremo, mas a conversa a dois, prevista para a manhã, no Planalto, simplesmente não existiu.
Segundo Lira, Lula “está no tempo dele” (para jogar o PP de Lira e o Republicanos do governador Tarcísio Gomes de Freitas dentro do governo). Em contrapartida, pode-se dizer que Lira também “está no tempo dele” para pautar a âncora fiscal. Na própria quinta, ele descartou incluir o projeto na pauta, “por falta de consenso”.
Confira mais detalhes na matéria de Eliane Catanhêde, Estadão.