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O ex-prefeito da cidade de Catuji, em Minas Gerais, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, foi preso neste sábado (2) suspeito de matar a esposa médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, em um quarto de hotel localizado em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo.Juliana foi encontrada desacordada no quarto onde estava com Fúlvio. A médica foi atendida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que constatou a morte da vítima.
O serviço de resgate foi chamado após Fúlvio se dirigir à recepção do hotel e comunicar que a mulher não havia acordado. De acordo com informações da Record TV, o quarto do casal tinha remédios espalhados pelo chão e estava revirado.
Juliana foi encontrada com marcas de estrangulamento e cortes na cabeça. A perícia feita no corpo da médica identificou que a causa da morte foi traumatismo craniano e asfixia mecânica.
Os dois moravam na cidade mineira Teófilo Otoni, mas estavam hospedados no local. No quarto ao lado, estava o motorista do casal, identificado como Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, que também foi preso pelo crime. A Polícia Civil já investiga o caso como feminicídio e homicídio, respectivamente.

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Juliana era médica em Teófilo Otoni e o pai dela, Samir El-Aouar, é ex-prefeito e ex-vereador da cidade e atua como médico cirurgião. O pai concedeu entrevista à equipe da Inter TV dos Vales. Samir disse que a família está arrasada e que a filha foi torturada.
“Nós estamos arrasados, pensar que uma filha, de 39 anos de idade, médica psiquiátrica, com o futuro todo pela frente, uma filha maravilhosa, um amor de pessoa, de repente, é submetida a uma tortura, porque o aconteceu com ela foi tortura durante a noite toda. Houve taumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça, machucou o estômago, a traqueia e o esôfago dela, enfim, minha filha foi torturada até a morte. Mais um feminicídio neste pais, que eu espero, que se Deus quiser, não vai ficar impune”, desabafou o médico.
“Ele já vinha batendo nela algumas vezes, dizendo que ela tinha caído dentro de casa, todo dia um olho roxo, uma cicatriz de sete centímetros na região frontal. Tudo isso já vinha acontecendo e ela querendo sair do casamento, e ele ameaçando para ela não sair, ele não aceitava a separação”, explicou Samir.
“Ele programou o que ele fez. Tirou minha filha da minha vida. Amigos, parentes e conhecidos, todos nós estamos sofrendo hoje demais, pelo que ele fez. Não tem justificativa, mais um feminicídio, eu acho que o nosso país tem que acabar com essa matança de esposas, de namoradas, porque isso é um absurdo”.
O cirurgião disse ainda que espera que a justiça seja feita e que o marido da filha permaneça preso.
“Eu espero que daqui pra frente, seja feita justiça principalmente, mantê-lo preso até o final dos fatos”, finalizou.
De acordo com dados da plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Fuvio foi prefeito de Catuji por dois mandatos consecutivos. O primeiro, em 2012, recebeu 4.051 votos. No segundo, em 2016, 3286.
Com informações do g1/R7