
Após o ápice da onda de calor nesta semana, que fez a temperatura bater recordes em vários estados, o Brasil se prepara agora para a chegada de fortes chuvas nos próximos dias. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de “perigo potencial” para tempestades em sete estados – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná – e no Distrito Federal.
Segundo o Climatempo, os temporais persistirão no Sul e se estenderão para outras regiões ao longo desta sexta-feira (17/11) e durante o fim de semana.
Estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que já vêm enfrentando elevados acumulados de chuvas, estão em alerta de “grande perigo” devido às tempestades. A Defesa Civil de Santa Catarina emitiu alerta para risco de alagamentos e deslizamentos por causa dos temporais.
Os termômetros atingindo marcas recordes na última semana são atribuídos à quarta onda de calor do ano, intensificada por um El Niño considerado atípico e pelos efeitos do aquecimento global.
Com a gradual entrada de umidade no país, um sistema propício ao desenvolvimento de tempestades se formou.
Calor antes da frente fria
Apesar da previsão de tempestades, a queda significativa nas temperaturas está prevista só a partir de domingo (19/11). Nesta sexta, algumas capitais, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, podem registrar temperaturas próximas aos 40°C. Cuiabá, por exemplo, pode chegar a 42°C, enquanto em Goiânia a máxima prevista é de 39°C.
Com a formação e o avanço da frente fria, as máximas deverão diminuir gradativamente, proporcionando alívio a partir de domingo. Capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, que enfrentaram recordes de calor na última semana, esperam redução de até 10 graus na máxima entre sábado (18/11) e domingo.
Usinas entram em ação
Em razão da atual onda de calor que afeta a maior parte do país, houve aumento do consumo de energia elétrica. Por isso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acionou as usinas térmicas. As usinas são acionadas, normalmente, quando os reservatórios das hidrelétricas estão em baixa.
A produção das usinas térmica mantinha padrão médio em torno de 7 mil megawatts por dia. No entanto, desde a última segunda-feira (13/11), em que houve o recorde na demanda, a produção começou a subir e, em menos de uma semana, aumentou em 63%.
A energia gerada pelas termoelétricas é mais cara por causa do custo dos combustíveis fósseis, como por exemplo o gás natural. Com o conflito no Oriente Médio, os derivados do petróleo subiram de preço. No entanto, apesar de mais cara e mais poluente, consegue dar uma resposta mais rápida.
Nesta semana, o país bateu recorde na demanda por energia, de acordo com dados do Sistema Interligado Nacional (SIN), do ONS. O sistema atingiu a demanda de 101.475 megawatts (MW) – o número é 16,8% maior do que o registrado no início de novembro, de 86.800 MW.
Metrópoles