
Por: Ismael Sousa
A governadora Fátima Bezerra (PT) se reuniu nesta quinta-feira (28) com secretários, auxiliares de segundo escalão e aliados políticos para celebrar mais um ano de gestão petista no Rio Grande do Norte. Houve brindes, risos e comemoração, no entanto, a população potiguar não tem motivos para festejar. O ano foi marcado por descaso, negligência, falta de gestão e problemas em diversos setores. Vamos fazer uma retrospectiva dos principais acontecimentos desse governo.
Em março, acompanhamos, assustados, a maior crise na segurança pública, com ataques de facções criminosas que se estenderam por duas semanas. Os ataques resultaram em prejuízos para o turismo, comércio e serviços. Enquanto a criminalidade espalhava o terror, a população ficou encurralada. Bases policiais foram atacadas, veículos incendiados, escolas e faculdades fechadas, e a frota das prefeituras circulava sob escolta policial. Não podemos esquecer da declaração insensata da deputada Isolda Dantas (PT), que chegou a afirmar que "tudo estava sob controle" enquanto o estado ardia em chamas.
Os professores da rede estadual de educação entraram em greve exigindo reajuste salarial de 14,9% referente ao novo piso salarial. O governo apresentou uma proposta parcelada que, segundo a categoria, resultou em perdas. Fátima, que é professora, foi chamada de traidora pelo sindicato que representa os docentes.
Na área da saúde, a situação piorou. O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, sofreu dois apagões em poucos dias, causando angústia para profissionais de saúde e pacientes. A UTI funcionou com o uso de baterias, pois a antiga estrutura elétrica não suportou a demanda. A superlotação também marcou o cenário de negligência no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Pacientes morreram à espera de atendimento por falta de leitos. Médicos com salários atrasados tiveram que fazer greve para pressionar o Estado a pagar os vencimentos.
O Governo Fátima em 2023 sofreu derrotas na Assembleia Legislativa. A proposta de elevar o ICMS para 20% foi rejeitada pela maioria dos deputados. O governo tentou transferir a responsabilidade para os parlamentares caso os salários dos servidores atrasassem. A estratégia falhou, e nos corredores da ALRN, deputados cogitaram abrir um processo de investigação e discutiram o impeachment da governadora. Assistimos ainda a cena inédita de mais de 100 prefeitos realizando protesto no Centro Administrativo do governo para cobrar repasses estaduais.
A infraestrutura foi alvo de muitas críticas da população. Várias rodovias sob responsabilidade do Estado esburacadas, causando prejuízos aos motoristas. A maior crise de abastecimento também foi uma marca negativa dessa gestão. Em Mossoró, diversos bairros enfrentam a falta d'água, e o diretor da Companhia de Águas e Esgotos (CAERN) chegou a ameaçar, em uma desastrosa entrevista em uma rádio local, quem criticasse a empresa: "Quem bater, vai levar".
A gestão entra em 2024, ano de eleições municipais, desgastada, fragilizada e com incertezas quanto às finanças públicas. Enquanto o cenário futuro é sombrio, nas dependências da Governadoria, Fátima brinda à tragédia e ao desastre do Estado.
A missão do povo Potiguar no próximo ano é sobreviver à gestão do PT. Pobre RN sem sorte!
Fonte: Blog do Ismael Sousa.