
Foto: Repodução
Uma cuidadora de 65 anos foi presa em flagrante, na última segunda-feira (12), após agredir um menino autista, de 11 anos, em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio. A mãe da criança viu algumas das agressões nas imagens de uma câmera de segurança que estava instalada na sala da casa.
Segundo Marcelli de Lima Pereira, que também é mãe de outro menino, há mais de um ano ela havia contratado a suspeita para ficar com as crianças nos dias em que estava de plantão no trabalho.
Na última segunda, Marcelli contou que trabalhou na madrugada de domingo (11), e os filhos ficaram com o pai. Quando chegou em casa, já de manhã, ligou para a cuidadora para ficar com os meninos para poder dormir.
A mãe disse que a mulher chegou na casa da família por volta das 9h. Na hora do almoço, Marcelli relata que acordou, foi até a sala e viu a cuidadora cochilando no sofá, ao lado do filho de 11 anos, que tem autismo nível 3 e não consegue se comunicar
Marcelli contou ainda que, em determinado momento, Lucas se mexeu, e a suspeita deu uma cotovelada na criança. Em seguida, ambas começaram a discutir, e a suspeita teria dito que estava brincando e que esse tipo de brincadeira era comum entre eles, inclusive com “soquinhos” e “cosquinha” na região genital.
Marcelli, então, pediu para a cuidadora ir embora e passou a analisar as imagens das câmeras de segurança. Quando viu as agressões, ela chamou a polícia.
No momento que a viatura levava a mãe e a criança para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), os policiais viram a suspeita entrando em uma padaria.
Eles a abordaram, chamaram uma nova viatura e a levaram para a delegacia. Na 30ª DP (Marechal Hermes), os investigadores analisaram os vídeos da câmera de segurança da casa e prenderam a cuidadora em flagrante.
Hematomas e arranhões
A mãe da criança contou que desconfia que a cuidadora tenha agredido o filho outras vezes. A mulher lembrou ainda que o menino era muito ativo e costumava aparecer com hematomas e arranhões, mas nada que chamasse a atenção.
No entanto, quando a criança aparecia com um “machucado maior”, a mulher, segundo Marcelli, tinha uma explicação muito coerente e isso nunca a fez desconfiar.
Agora, depois do que aconteceu na segunda, a mãe se emociona ao lembrar que o menino sempre chorava quando a suspeita chegava para ficar com ele. Marcelli acreditava que que a reação do menino era por ela ter que sair para trabalhar.
A mãe diz que a cuidadora era uma pessoa de confiança da família do pai dos meninos e tinha trabalhado 16 anos no restaurante do avô paterno das crianças.
“Essa pessoa me acompanhava há 1 ano e 2 meses. Era uma pessoa que tinha recomendação, que já tinha trabalhado com a família do pai dele, é conhecida, e estava disponível. Demonstrava na minha frente amor e carinho ao meu filho. Infelizmente, isso aconteceu”, disse. Com informações do g1/RJ.