
O vereador de oposição Paulo Igo (MDB) levou uma “bomba” ao plenário da Câmara Municipal de Mossoró nesta quarta-feira, 5. Com documentos em mãos, denunciou que o Abatedouro Frigorífico Industrial de Mossoró (AFIM) acumula uma dívida previdenciária de mais de R$ 10 milhões, além de conta negativa de mais de R$ 1 milhão com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS).
Mas como essa demanda financeira ficou acumulada? Em busca de resposta, o vereador apresentou requerimento à direção do AFIM para apresentar a prestação de contas e esclarecimentos necessários sobre a situação financeira da autarquia. No entanto, por determinação do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), a bancada governista derrubou o requerimento em plenário.
Nenhum vereador governista explicou a atitude, muito menos assessores do Palácio da Resistência. Indignado com a “blindagem”, Paulo Igo questionou o que motiva o prefeito Allyson a não ser transparente com as contas públicas. O vereador ressaltou que isso vem ocorrendo com todos os setores da administração municipal, uma vez que todos os requerimentos apresentados na Câmara, com pedido de prestação de contas, foram derrubados pela numerosa bancada governista.
Paulo também questionou o papel dos vereadores que apoiam a gestão municipal, lembrando que todos foram eleitos para fiscalizar o bem público, e não ajudar a esconder coisas erradas. “Vocês estão sendo coniventes com o que está acontecendo hoje na Prefeitura de Mossoró. Vocês estão negligenciando, decepcionando os eleitores que acreditaram em vocês”, criticou.
A bancada de oposição vai levar o caso do AFIM adiante, devendo, mais uma vez, bater à porta do Ministério Público Estadual (MPRN). “Precisamos saber o que está acontecendo com as finanças do abatedouro público, porque essa dívida de mais de 10 milhões de reais só com a Previdência é muito grave”, disse Paulo.
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