Um dos casos que exemplifica essa crise é o de Rogério Soares, de 34 anos, que caiu de um cavalo na zona rural de Santa Cruz, na última quarta-feira (13). Ele foi transferido para o Walfredo Gurgel em estado grave e precisa de uma cirurgia e de um leito na UTI. Contudo, há dois dias, Rogério está no corredor do hospital, aguardando atendimento especializado.
Segundo Geraldo Neto, diretor do hospital, a superlotação é agravada pela quantidade de pacientes com casos de baixa complexidade, que poderiam ser atendidos em unidades básicas de saúde. “É necessário um pacto entre o estado e os municípios para desafogar o Walfredo. Estamos sobrecarregados com situações que não são de alta complexidade e acabam atrasando o atendimento de quem mais precisa”, explicou.
O Sindsaúde alerta que a situação não é isolada e reflete a falta de investimentos na saúde pública e na descentralização do atendimento. Enquanto isso, pacientes como Rogério e dezenas de outros enfrentam a espera, em condições precárias, nos corredores da maior unidade hospitalar do estado.
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