
O fim das operações da Azul Linhas Aéreas em Mossoró foi marcado por protestos e críticas à economia do país. Na tarde desta sexta-feira (7), o último voo da companhia partiu do Aeroporto Dix-sept Rosado às 15h16 com destino a Recife, encerrando sete anos de operações. Do lado de fora, uma faixa expunha a insatisfação de parte da população: "Com Lula e a crise econômica no país e na cidade, sem passageiros, a Azul deixa Mossoró. Fora, Lula."
A saída da Azul deixa Mossoró completamente isolada da malha aérea nacional, afetando diretamente o setor econômico e turístico da região Oeste do Rio Grande do Norte. Empresários e especialistas já alertam para as dificuldades no deslocamento de investidores e turistas, além do prejuízo para negócios locais que dependiam da conexão rápida com outros estados.
A descontinuação dos voos entre Mossoró e Recife é um grande revés para a economia potiguar. O setor hoteleiro e de eventos já prevê queda no movimento. Um dos eventos que mais recebiam turistas é o Mossoró Cidade Junina. Já podemos imaginar que a cidade perca competitividade diante de outros polos regionais que ainda mantêm suas conexões aéreas ativas. Campina Grande, Caruaru e Juazeiro do Norte são alguns dos exemplos de cidades do porte de Mossoró que ainda mantém seus aeroportos em funcionamento.
Nos guichês da Azul no Aeroporto Dix-sept Rosado, o clima era de incerteza. Alguns poucos funcionários da companhia que atuavam no local serão transferidos para Fortaleza e outras cidades. Aqueles que optaram por permanecer em Mossoró perderão seus empregos.
Nas redes sociais, a saída da companhia não gerou grande repercussão entre políticos da região, contrastando com a euforia de anos atrás, quando a linha aérea foi inaugurada com forte apoio das lideranças locais.
Blog Ismael Sousa.