A ausência de apoio do deputado federal Robinson Faria (PL-RN) ao pedido de urgência para a votação da anistia aos investigados e condenados pelos atos de 8 de janeiro caiu como uma bomba entre os bolsonaristas do Rio Grande do Norte.
O gesto foi interpretado como traição por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não pouparam críticas ao parlamentar nas redes sociais.Para muitos, Robinson cuspiu no prato em que comeu. Foi eleito com a força do bolsonarismo, viu o filho, Fábio Faria, ser ministro das Comunicações no governo Bolsonaro, e agora, simplesmente, vira as costas à base que o colocou em Brasília. “Robinson merece todo o repúdio dos bolsonaristas do RN nas próximas eleições”, disparou um admirador do ex-presidente. Outro foi mais direto: “Ele agora vota nos interesses de Lula. Desleal com Bolsonaro.”

Enquanto outros deputados potiguares como General Girão, Sargento Gonçalves e Carla Dickson assinaram o requerimento em apoio à anistia, Robinson preferiu o silêncio — um silêncio que gritou alto nos bastidores da direita potiguar.
Para os conservadores, não restam dúvidas: Robinson trocou a lealdade por conveniência política. E a resposta, prometem, virá nas urnas.
RP