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Juíza identifica sinais de candidaturas fictícias no PSD de Mossoró e diverge de relator no TRE


O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) rejeitou, por maioria dos votos, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIME) que pedia a cassação dos cinco vereadores eleitos pelo PSD em Mossoró, sob acusação de fraude à cota de gênero nas eleições de 2024. Com a decisão, permanecem nos cargos os vereadores Petras Vinícius, Kayo Freire, Vladimir Cabelo de Nego e João Marcelo, todos aliados do prefeito Allyson Bezerra.A ação foi ajuizada pela ex-candidata a vereadora Irmã Ceição e seu vice, Edson Lobão, que denunciam o uso de candidatas laranjas apenas para preencher a exigência legal de 30% de participação feminina na chapa proporcional.

Apesar da decisão favorável aos parlamentares, um voto divergente da juíza Dra. Suelin chamou atenção. Em seu posicionamento, a magistrada apontou estranhezas nas campanhas das candidatas Carla Poly e "Gigi", ambas da nominata do PSD. Segundo ela, as postagens feitas por "Gigi" durante a campanha levantam dúvidas sobre sua real intenção de disputar o pleito.

"Como ela faz propaganda das amigas que vão compor o mesmo cargo dela, com postagens desejando boa sorte, entendeu?", questionou Suelen, que também destacou a baixa votação de uma das candidatas, apenas 28 votos, como um indicativo que, embora não definitivo, pode indicar ausência de campanha efetiva.

"Eu acho estranho esse tipo de postagem numa campanha onde se disputa voto a voto, que é a campanha de vereador. Isso me causa estranheza", disse a juíza, ao justificar seu voto contrário ao relator.

Mesmo com a derrota no TRE, Ceição e Lobão prometem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

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