O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, sugeriu que houve perseguição direcionada dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o período das eleições de 2022. Embora tenha evitado dar detalhes, Tagliaferro afirmou que “alvos existiam” e deixou no ar que a atuação do Judiciário pode ter sido orientada por uma missão política.
Segundo ele, o cenário aponta que a missão da Corte era “eleger” o presidente Lula (PT). A fala foi concedida em entrevista ao canal Auriverde Brasil nesta sexta-feira (1). “Não foi a mim dada uma missão, entendeu? Alvos tinha, eu não posso falar neste momento. Depois de tudo que aconteceu, presume-se que a missão era eleger quem está eleito”, declarou Tagliaferro.
A fala faz referência a uma cena ocorrida na diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2022. Na ocasião, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, aproximou-se do então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e disse a frase: “Missão dada, missão cumprida”.
O momento foi registrado em vídeo e repercutiu nas redes sociais, alimentando especulações sobre a suposta parcialidade do Judiciário durante o processo eleitoral.