
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) protocolou neste sábado (23) requerimentos para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro sejam convidados a prestar depoimento na CPMI do INSS.A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito foi instalada no Congresso Nacional na quarta-feira (20), e a primeira reunião vai acontecer na próxima semana.
A senadora justificou o pedido afirmando que há indícios de que os descontos ilegais em folhas de pagamentos de contribuintes foram iniciados nas primeiras gestões de Lula, continuando nos governos seguintes e se intensificando na atual gestão.
A senadora do DF defende que é preciso apurar possíveis ações, omissões e políticas adotadas pelo governo federal para enfrentar as fraudes e impedir a continuidade do esquema no INSS.
“Entendemos que há interesse do próprio presidente Lula, pelo princípio da transparência na gestão da coisa pública, de esclarecer esses desvios de recursos do INSS, que já vinham ocorrendo nos seus dois governos anteriores”, afirma.
Os requerimentos ainda precisam ser votados pelos integrantes da CPMI. Mesmo que aprovados, Lula, Dilma e Temer não seriam obrigados a comparecer, por se tratar de convite, e não de convocação.
Início da CPMI
Uma sessão marcada por tumulto abriu, na última quarta-feira (20), os trabalhos da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) destinada a investigar fraudes praticadas por entidades associativas contra beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O comando da comissão ficará a cargo do senador Carlos Viana (Podemos-MG), em resultado considerado uma reviravolta na votação.
A expectativa era de que o indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o senador Omar Aziz (PSD-AM), assumisse o posto.
Viana venceu a disputa por 17 votos a 14 e, em seguida, escolheu como relator o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A indicação contrariou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que havia sugerido o correligionário Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
Por Igor Gadelha / Metrópoles e R7